A tireóide é uma glândula importantíssima para a fabricação de hormônios do corpo humano e quando sofre alguma deficiência, isso afeta o funcionamento de todo o organismo. Ela se localiza na parte anterior do pescoço com formato de um escudo, e age produzindo os dois hormônios responsáveis por controlar o metabolismo. O hipotireoidismo ocorre quando ambos esses hormônios estão em baixa, prejudicando o funcionamento adequado das células. Saiba um pouco mais sobre essa doença, seus sintomas e como é seu tratamento.
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O que é o hipotireoidismo?
Ele é uma síndrome de deficiência na produção dos hormônios secretados pela tireóide. Ela resulta em diminuição do metabolismo, e não há prevenção que possa ser feita para afastar a doença.
Quais seus sintomas?
Eles dependem do paciente portador e da gravidade da doença, e tendem a se desenvolver ao longo dos anos. Entre os sintomas mais comuns, estão:
- Fadiga
- Prisão de ventre
- Pele ressecada
- Ganho de peso
- Rouquidão
- Fraqueza muscular ou sensibilidade nos músculos
- Colesterol alto
- Edema (inchaço) no rosto
- Problemas de memória
- Depressão
Qual sua causa?
As causas do hipotireoidismo podem ser diversas.
Doença autoimune – Nesse caso, o sistema imune acaba por destruir tecidos saudáveis, incluindo a tireóide, impedindo que ela produza hormônios o suficiente.
Cirurgia da tireóide – A remoção de parte da tireóide pode prejudicar o funcionamento normal desta glândula.
Tratamentos e medicamentos – A radioterapia e certas medicações, como o lítio, podem causar hipotireoidismo.
Doença congênita – Nesse caso, ainda dentro do útero, há um mal desenvolvimento da tireóide do feto.
Deficiência de iodo – Bastante rara no Brasil já que todo sal é iodado, pode afetar pessoas em outros países com alimentação fraca em iodo.
Como é feito o diagnóstico?
Além da observação de sintomas, o diagnóstico de hipotireoidismo é feito essencialmente através de exame de sangue. Por meio dele é possível checar a quantidade de hormônios T3 e T4, produzidos pela tireóide, além de que um aumento de TSH também indica essa disfunção. Com a deficiência da glândula, a hipófise libera mais TSH, estimulante da tireóide, na tentativa de fazer a glândula funcionar.
O teste do pezinho, feito tirando uma amostra de sangue do calcanhar de recém nascidos, ajuda a diagnosticar hipotireoidismo congênito. Mulheres acima dos sessenta anos e grávidas costumam realizar esse exame como uma forma de checagem, já que são mais propensas a desenvolverem a doença.
Qual o tratamento?
Quando não tratado, o hipotireoidismo pode fazer que ocorram diversas complicações. Entre elas, estão o bócio, grande aumento da glândula que causa dificuldade em engolir e respirar; problemas cardíacos, problemas psicológicos, danos aos nervos periféricos com dormência e formigamento, coma por mixedema e ainda defeitos congênitos em crianças geradas por portadoras de hipotireoidismo. O tratamento mais usado para essa síndrome é a ingestão de hormônios sintéticos, restaurando o equilíbrio hormonal e revertendo os sintomas. É preciso conferir a dosagem exata do hormônio por exames de sangue a cada dois meses, visto que quantidades exageradas do hormônio também causam efeitos colaterais.